DESASTRE AMBIENTAL: REPRESA DE TRÊS MARIAS É MONITORADA

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O rompimento da barragem de Brumadinho, da mineradora Vale, ocorreu no início da tarde desta sexta-feira (25/01), por volta das 13h15min. Um mar de lama invadiu a região.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais afirmou, em nota, que a barragem da Mina do Feijão estava devidamente licenciada.

A secretaria ainda informou que foi comunicada pela Vale às 13h37 sobre o rompimento da Barragem I de Contenção de Rejeitos da Mina do Feijão. Segundo dados da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Minas Gerais tinha 698 barragens cadastradas em 2017, desse total 22 eram consideradas de risco. Isso significa que essas estruturas apresentaram estabilidade "não garantida pelo auditor" ou "o auditor não concluiu sobre a situação de estabilidade por falta de dados e/ou documentos técnicos".

A empresa diz que, dos 427 empregados que estavam no local, apenas 279 foram localizados. Segundo o presidente da Vale, Fábio Schvartsman, vazaram 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos - na tragédia de Mariana, há 3 anos, foram 43,7 milhões.


TRÊS MARIAS EM ALERTA

Há uma preocupação muito grande com a chegada dos rejeitos de minério na represa de Três Marias.
Os especialistas afirmam que há uma espera de 48h a 72h para verificar, com exatidão, se os dejetos da barragem chegarão até Três Marias e se as cidades ribeirinhas, como Pirapora, correm algúm risco de serem afetadas.

Conversamos com o gerente Distrital da Copasa, Daniel Aguiar, no qual informou que a empresa está monitorando de perto, o desenrolar da situação.

“Estamos monitorando de perto a situação do rompimento da barragem Mina Feijão, para avaliar o impacto nas captações de água e tomando as providências necessárias. A captação de água em Três Marias está funcionando normalmente e não há previsão de interrupção no serviço. Estaremos em contato com a comunidade, trazendo e divulgando as informações” disse Daniel Aguiar.

A Cemig, responsável pela represa, confirmou que monitora o andamento da lama e que, provavelmente, chegará na cidade.

Até o fechamento da matéria, 07 mortes estavam confirmadas e 150 pessoas consideradas desaparecidas.

Em menos de quatro anos, repete-se em Brumadinho a ruptura de uma barragem de rejeitos de mineração que já devastou Mariana. Ainda não foram pagas as indenizações de 200 famílias que perderam as casas, e novas famílias mineiras são postas para fora de suas propriedades.
1 Comentário(s)
  1. Julio Freitas

    Sou de Juiz de Fora.Gostaria de saber se tem alguma informação se vai prejudicar a pesca no Rio São Francisco.Estava pensando em ir com meu pai na aldeia dos dourados no mês de abril.Obrigado.

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